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quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Diálogo - 16.02.12

- Oi! Tudo bom com você?
- Tudo sim... e você?
- Ah! Tudo indo! Estou sentindo uma vontade insana de gritar e de correr por aí! Que alguém agarrasse minhas mãos e dissesse: Vamos! Vamos sumir desta realidade que vives! Não lhe convém!
- Sei como é... e estou até ouvindo Cold Play neste momento, aquela "In My Place".... e você nem sabe qual é o seu lugar. Vai andando - pra qualquer lado - que uma hora você acha. Só não fique olhando muito tempo para cima ou para os detalhes muito pequenos pelo caminho. Olha para tudo e todos. Olhe para você também.
-  Mas é como se minha vista estivesse embaçada e não tenho foco em nada!
- Então mantenha os olhos fechados e pense, reflita. "Onde você está?" "Para onde estava indo?" "O que fazia?"  "Parou por qual motivo?". E caso as respostas se reflitam em outra pessoa, as coisas ficam um pouco mais complexas...
- É... talvez seja isso mesmo!
- Neste caso, é preciso recuperar as forças e perceber que já exisita um "você" antes deste alguém aparecer. Que é preciso aprender a desapegar e que talvez, não era pra ser mesmo. E como não havia vivido o todo para saber o final, ficam-se o restante das expectativas não alcançadas, ouvidas, vividas. Assim como ela veio, ela se vai também.
- Dificil, ainda mais que você sente-se revoltado, querendo saber motivos e razões que não existe e não são necessárias as explicações. É que é uma injustiça.
- Sim sim. Mas as pessoas não são obrigadas a agirem de forma justa. E seria realmente uma justiça o que ela poderia ter feito por você? Você foi justo com ela também? Não pense ou prenda-se no que foi e ou no que poderia ter sido. Faça o agora e o depois. A vida te ensina a esquecer o que um dia já te mostrou. E não se esqueça de que há janelas a serem observadas enquanto você se prente a retratos e cartas antigas.


Equalizar...

E é como já dizia aquela velha musica da Pitty: "Ás vezes se eu me distraio, se eu não me vigio um instante, me transporto pra perto de você..."

É assim que me sinto: sintonizando-me constantemente à você.

Como uma paixão louca e desenfreada;
Uma saudade incessantemente insana;
Ou como uma falta de ar agonizante.

Não é que seja amor ou paixão. Ou que seja uma fixação.
É um pouco deste tudo e de todo o nada.
É estranho, insano, complexo. É distante.

Quando pensava que a minha luz para a vida era você, sescobri que era você quem carregava. E eu depositei esta confiança em você.



O fato de você ter simplesmente deixado essa "luz" no caminho e saiu com as mão abanando - PIOR - segurando uma outra luz, foi tão ou mais agressiva quanto ter jogado pra bem longe a luz que depositei com carinho em suas mãos. Não tem problema. A Luz não se quebrou, não se dispersou. É que apenas me desacostumei a segurá-la e tê-la junto de mim.

Como é estranho segurá-la novamente e ter que olhar além, mesmo que o brilho incandescente da luz seja tão forte que ofusque meus olhos para olhar além e lembrar-me para onde seguir.

Ahhhh! Que saco! Como é difícil desligar esse rádio, essa frequência sufocante. Nos acostumamos a ter a espectative de ouvir aquela voz que tanto gostamos, apreciamos e aprendemos a viver com. E fica a briga, a confusão do apego e desapego.

A confusão do sim e do não. Do distante e do não distante.

E quem simplesmente se importa sou eu.
Já que a pessoa que segurava a minha luz já sente - será? - o brilho, o peso e o calor de uma outra luz; e quem fica perdido na penumbra sou eu.

A frequencia só ficou para mim.
Um ouvinte surdo de uma voz muda. Sendo assim que a luz cessa e morre.

E foi quando disse: "Não estarei mais em sua porta" que selei o fato de que a minha luz não poderá mais encaixar-se em suas mãos. "...My hand won't hold you down no more. The path is clear to follow through. I stood too long in the way of the door. And I'm giving up on you..." "...Only kisses on the cheek from now on. And in a little while we'll
have to wave."